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Chegou o verão. Vai ficar aí parado?


Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza...
Mais uma vez podemos dizer que chegou o verão! Além dele, as festas de fim de ano, as férias das aulas (e do trabalho para aqueles mais afortunados), os amigos secretos, a praia... Tantas coisas para aproveitar que vale a pena lembrar-se de usar sempre o protetor solar, se hidratar direitinho e comer alimentos leves. Aí mantemos o corpo saudável e podemos aproveitar o tempo livre da melhor maneira possível: nos divertindo! Caminhadas, corridas, bike, frescobol, vôlei e outros esportes são uma boa pedida para sair da rotina e entrar no clima.
Mas diversão tem limites, não esqueça! Basta lembrar que muitos passaram o ano todo paradinhos, não fizeram as lições de casa do bom condicionamento físico, e quando chegam à praia, querem passar o dia todo jogando futebol! Não tem joelho que aguente! Brincadeiras à parte é preciso um cuidado redobrado para evitar lesões e não acabar passando o resto das férias engessado.
Uma dica legal é fazer um check-up para saber se tudo vai bem. Também é importante lembrar-se de aquecer, alongar e ficar atento aos sinais que seu corpo der durante a atividade para evitar distensões musculares, entorses, contusões e até rupturas de tendões ou ligamentos. Lembre-se que o descanso entre um estímulo e outro é muito importante para recuperar as estruturas envolvidas na brincadeira e ficar pronto pra outra!
Aproveite as vantagens do clima também para conhecer melhor seu corpo, não se contente com as mesmas atividades de sempre. Você pode fazer uma atividade física diferente, gostar e quem sabe encontre “aquela” atividade que vai manter você na ativa o ano todo e em forma até o próximo verão! Tenha iniciativa e encare os desafios! Nada de ficar envergonhada(o) num canto heim, mexa-se! J


Jaqueline Alves Nieto
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Promessas de segunda-feira, ano-novo, etc...


Todo mundo tem aquela listinha de coisas para começar a fazer na segunda-feira, não é mesmo? Da mesma forma, todo mundo tem planos para o próximo ano; todo mundo almeja algo diferente para o próximo aniversário; há pessoas que esperam viver melhor numa próxima vida...
Engraçado mesmo é que os planos são basicamente os mesmos para todo mundo: cuidar da saúde, progredir nos estudos, melhorar financeiramente, viver um relacionamento que valha a pena, valorizar mais a família e os amigos... Tudo isso exige bastante energia, e para não ficar sobrecarregado, que tal começar com pequenas mudanças diárias (desafios) que farão com que você se sinta mais motivado e autoconfiante?
Para começar, é interessante que você analise o que anda fazendo, o que te agrada e o que não te agrada, para assim definir o que pretende fazer! Isso é simples e óbvio, mas o planejamento é a parte mais procrastinada do processo, talvez por isso a maioria das pessoas continue apenas nas promessas...
Determine os objetivos para os seguintes aspectos: cognitivo, físico, social, financeiro, emocional e espiritual.
Determine metas a curto, médio e longo prazos. Cada objetivo deve ser analisado conforme o tempo necessário para ser atingido. Pequenas coisas demandam o mesmo compromisso que as maiores, porém são metas que podem e devem ser cumpridas a curto prazo. Já as de longo prazo demandam maior perseverança e compromisso, pois envolvem metas de curto, médio e longo prazos, por exemplo: para emagrecer 10 quilos é preciso começar a cuidar permanentemente da alimentação (meta pra vida inteira), iniciar um programa de atividade física o quanto antes, cumprir metas de gasto calórico (para ter um balanço negativo diário, meta de curto prazo) e ainda manter o peso que for perdendo (estima-se que para cada quilo perdido, você deva “segurar” o peso por um mês para que não retorne a ganhá-lo tão facilmente) para assim conseguir eliminar os 10 quilos que tanto vinham incomodando.
Comemore a cada nova conquista. Seu estado emocional vai sempre interferir quer positivamente quer negativamente no seu dia-a-dia. Então quanto mais feliz e realizado você estiver, melhor!
Reavalie as metas e determine outras sempre que necessário. Muitas vezes somos surpreendidos com mudanças inesperadas. Não deixe que isso transforme seus objetivos em algo inútil, se você determinou aquele objetivo é porque ele era importante pra você, e o caminhar também faz parte do sucesso, se não puder permanecer naquele objetivo, mude-o, mas continue caminhando.
Mantenha-se motivado! Aconteça o que acontecer, você tem sempre a oportunidade de mudar e continuar melhorando.
Uma última dica: você só pode oferecer algo aos outros quando os outros vêem que você tem algo a oferecer! Se você deseja ensinar, você deve aprender primeiro; se você deseja liderar, você deve servir primeiro; se você deseja ser amado, você deve amar primeiro.
Desejo que sua lista seja alvo de mudança e não apenas uma forma de verificar que dia após dia você continua no mesmo lugar...  

Jaqueline Alves Nieto
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Os riscos da sarcopenia - redução da massa muscular

Aparentemente não corremos nenhum risco com a redução de nossa musculatura, não é? Mas o problema é tão ou mais sério do que as doenças “visíveis” que conhecemos. Nossa massa muscular corresponde em 40 a 50% do peso corporal; as células musculares constituem de 70 a 80% de nossas células, o que corresponde a aproximadamente 50% de nossas proteínas! Veja tamanha importância que temos que dar a ela!
Mas, enquanto temos nossa funcionalidade garantida, não nos preocupamos com a redução do volume e, consequentemente, da força muscular. Pensamos que ganhar músculo é só pra quem deseja ficar “sarado”. O problema é que sem uma quantidade satisfatória de força, há uma redução da mobilidade, aumento da incapacidade funcional, de quedas e o pior, da dependência!
O que acontece é que conforme envelhecemos a redução da massa muscular é maior. Estima-se que, a partir dos 40 anos, ocorra a perda de 5% de massa muscular a cada década, com declínio mais acentuado após os 65 anos, principalmente nos membros inferiores. Esta diminuição ocorre tanto no tamanho da fibra quanto na quantidade de fibras, o que podemos dizer que perdemos tanto em quantidade quanto em qualidade de força e estabilidade para realizar as tarefas mais simples.
Diversos fatores estão relacionados com a sarcopenia no envelhecimento: fatores hormonais, imunológicos, nutricionais e metabólicos. Por exemplo: a diminuição do hormônio de crescimento, dos hormônios sexuais estrogênio e testosterona, do fator de crescimento (IGF1) e resistência à insulina; alterações da ingestão protéico-calórica; aumento de mediadores inflamatórios e distúrbios de inervação, onde as fibras musculares denervadas são substituídas por tecido gorduroso e fibroso. Estas alterações estão relacionadas com a perda ou diminuição funcional, que por sua vez refletem no metabolismo basal, na função renal, na função cardíaca, na capacidade vital e na função pulmonar, potencializando as doenças crônicas como diabetes, hipertensão, osteoporose e obesidade.
Expliquei isso tudo só pra chegar a um ponto: exercícios físicos bem orientados auxiliam no ganho e preservação da musculatura, na regulação de diversos mecanismos hormonais e metabólicos, favorecem um maior dispêndio energético e maiores adaptações às atividades diárias. Ou seja, se você acumular um bom “currículo” de atividades físicas desde a infância, adolescência e juventude, você não terá problemas com a sarcopenia tão cedo. Ainda evita possíveis complicações metabólicas decorrente da inatividade. Por outro lado, se o sedentarismo faz parte de sua rotina, certamente você já está com um déficit muscular, comparado a uma pessoa de mesmo sexo e idade da sua, que pratica exercícios físicos com pesos regularmente... Por isso, sugiro que faça parte de um programa de condicionamento físico, busque a melhora desses aspectos da saúde que, com certeza, sua qualidade de vida será maior e terás maior independência na velhice. Lembre-se sempre: a sarcopenia é reversível, portanto, mesmo que você nunca tenha se exercitado, nunca é tarde para um novo começo!

Referências Bibliográficas:

ARAUJO SILVA, T.A.; FRISOLI JUNIOR, A.; PINHEIRO, M.M.; SZEJNFELD, V.L. Sarcopenia associada ao envelhecimento: aspectos etiológicos e opções terapêuticas. Rev. Bras. de Reumatologia vol.46 no.6 São Paulo Nov/Dec.2006
GONÇALVES SILVA, V. Sarcopenia. Site: Saúde em Movimento. Acesso em 05/12/11.
MIGUEL JR, A. Sarcopenia: perda de massa muscular. Site: Medicina Geriátrica. Acesso em 05/12/11.


Jaqueline Alves Nieto
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Superação


Superação. Quando você ouve esta palavra, o que te vem à mente? Geralmente, aparece aquela figura clássica de algum atleta que venceu seus próprios limites, de gênios que não se contentaram com suas dificuldades e mantiveram o foco, de pessoas que se doaram em favor de outras...
Nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara ficou claro o exemplo de superação dos atletas brasileiros nas histórias que ouvimos sobre aqueles que tiveram seus equipamentos roubados, mas perseveraram e venceram mesmo com outro equipamento; que se mantiveram na competição mesmo quando o pai havia morrido; que superaram obstáculos incalculáveis por não ter tido oportunidades cedo na vida, mas quando a tiveram a agarraram com todas as forças... E tudo culminou nos Jogos Parapan-Americanos onde o Brasil ficou com a primeira posição no quadro de medalhas dos países competidores, o que me remete novamente à idéia de que nos parece que quanto mais sofrimento, maior a glória...
Bonito isso, mas por que nunca pensamos em nossas vidas como um exemplo de superação? Será que só os que passaram por muita dor, muita dificuldade, por doença, desprezo, insegurança(...) podem se superar na vida? E por que tememos as derrotas se elas fazem parte do processo de conquista das realizações? Acredito que há duas atitudes que podemos ter diante dos obstáculos: usá-los como um degrau para continuarmos avançando, ou pararmos diante deles.
Semana passada tive a oportunidade de fazer minha primeira prova de corrida. Já venho me preparando fisicamente na academia (sempre!), mas nem pensava em correr na rua. Foi até engraçado porque o pessoal estava combinando a prova, eu ouvi e me interessei. Fiz um treino antes da prova e uma previsão do tempo que conseguiria completar o percurso de 5km. Claro que não fui a primeira colocada, mas superei em 10 minutos o tempo que havia estimado e ainda completei a prova sem muita dificuldade. Sim! Senti um pouco de dor, mas acredito que vencer seu próprio corpo, desafiar seu próprio tempo, superar os seus limites é a chave para conquistarmos qualquer coisa. E o mais importante de tudo é dominar os pensamentos. Ter controle psicológico (e fé!) sobre cada situação nos assegura de que mesmo com dificuldade não precisamos (nem devemos!) desistir.
Desejo de verdade que cada um de nós sejamos exemplos diários de superação em qualquer circunstância!


Jaqueline Alves Nieto
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O que eu aprendi na Faculdade...


Sempre gostei de escrever as lições que tirei de fases da minha vida, de situações e observações do dia-a-dia. Já deixei registrado AQUI minhas lições sobre as aulas de Educação Física com o Ensino Fundamental, hoje compartilho as reflexões que fiz logo após terminar a Faculdade...

As pessoas são completas, complexas e diferentes. Precisamos compreender que somos “compostos” das nossas cargas biológica, histórica, social e cultural. Somos inacabados e precisamos ser compreendidos!
Aprendi que precisamos dos outros, mas que nós devemos procurá-los, cativá-los e entendê-los e que isso nem sempre é fácil. Um trabalho feito em grupo gera muito mais idéias e enriquece com o conhecimento de cada um.
O tempo é um agente secreto que está por toda parte, quando pensamos que o encontramos, ele desaparece! As oportunidades são para todos, mas nem todos tiram proveito delas...
Ser organizado poupa muito do seu tempo, ajuda em sua saúde e vicia!
Lembranças fazem parte da vida, elas podem ser a força motriz de nossos sonhos!
Aprendi que tudo que um professor fala é importante, mas que ele não fala todas as coisas importantes que você deve saber. As outras coisas cabe a você mesmo!
Ser disposto e participativo pode atrair as atenções, mas nem sempre atrai amigos...
Tudo depende do ponto de vista, o mundo e a vida também são complexos!
Aprendi que discriminação é burrice, nem mesmo nós que nos julgamos “normais” somos perfeitos! Observando as pessoas pude ver os meus próprios defeitos...
A vida é bela para quem a torna bela!
Capacidade de ser autêntico, criativo, otimista, amigo e sincero o torna mais propenso à realização pessoal e profissional. O sucesso desejado pode ser alcançado... se ele for trabalhado!

Fica a saudade dos velhos tempos, mas nunca podemos perder a visão de continuidade, de inacabamento. Bom pessoal, vou dormir porque amanhã a aula é outra, tenho pós!



Jaqueline Alves Nieto
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Dia Mundial do Diabetes

Tem dia de tudo neste mundo: dia de profissionais, dia de homenagens, dia de conscientização, dia de santo, dia de pessoas da família, dia do livro, da água, da mentira... E hoje é dia do Diabetes!

Como já escrevi sobre o que é e as conseqüências desta doença AQUI, hoje vou abordar apenas as notícias mais interessantes e atuais que encontrei sobre o tema. E Adivinhem! Tem até notícia de que chocolate pode prevenir diabetes e doenças cardíacas! Claro que não é pra comer a barra inteira, foi “liberado” só dois quadradinhos (20 gramas, ou 140 calorias) diários, mas vamos combinar gente, que notícia maravilhosa não é?
A pesquisa da Universidade de Cambridge, publicada no periódico British Medical Journal analisou sete estudos com 114 mil pessoas e indica que aquelas que comem “mais” chocolate reduzem em 37% o risco de doenças cardiovasculares, 31% de diabetes e 29% de derrame. Os benefícios se devem, segundo os pesquisadores, aos antioxidantes que evitam a hipertensão e a resistência à insulina, condição que pode levar ao diabetes.
Mas a interpretação da pesquisa exige cautela! Pois os benefícios só existem se for respeitada a quantidade limite (20g) e escolher aqueles chocolates com maior quantidade de cacau e menos de gordura, já que a maioria dos que se encontram no mercado tem grandes porcentagens de gordura, como o chocolate branco. Os benefícios não valem se o chocolate for consumido esporadicamente e em grandes quantidades. E também não resolve comer um bombom por dia e continuar sedentário!
Estas notícias vão agradar aqueles já acometidos com o diabetes tipo 1:
Deve ser lançada em 2012 uma versão do medicamento Byetta, similar ao Victoza, com injeções semanais. Os resultados de estudos com o remédio foram apresentados no último Congresso Europeu de Diabetes em Lisboa.
USP testa nova técnica de transplante de células do pâncreas que pode livrar os pacientes das injeções de insulina. A idéia é proteger as células transplantadas para que continuem produzindo insulina a longo prazo e não sejam agredidas pelo sistema imunológico. Para isso, pesquisadores do Nucel (Núcleo de Terapia Celular e Molecular) criaram uma cápsula com material extraído de algas marrons que além de envolver as ilhotas de Langerhans que produzem a insulina, permitem a entrada de oxigênio, a saída de insulina e ainda impede que as células do sistema imunológico as destruam, diminuindo a rejeição.
Para quem ainda não leu o texto explicativo que escrevi sobre o Diabetes, não deixe de ler. Tenha sempre cuidado com sua saúde e viva bem! 
Fonte


Jaqueline Alves Nieto
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Educação Física no Ensino Fundamental


  
Ano passado tive a oportunidade de trabalhar com o ensino fundamental, de 5ª a 8ª série. Logo no primeiro dia encontrei dificuldades para ser atendida, precisei aumentar o tom de voz e acabei rouca! Todos estavam acostumados a fazer o que queriam, geralmente os meninos jogavam futebol a aula inteira enquanto o restante da turma jogava um pouco de "vôlei" e ficava o resto da aula sem fazer nada. Ainda por cima a lanchonete da escola ficava aberta em horário de aula... Mas, como tudo na vida nos traz ensinamentos, eis o que aprendi com esta experiência!
ü Você sempre pode mais quando acha que não dá mais (os alunos te testam o tempo todo, resista!)

ü  Todas as suas atitudes estão sendo avaliadas o tempo todo. Cuidado com o que você faz ou diz.

ü Os alunos te vêem como autoridade e buscam uma solução quando eles não conseguem se resolver sozinhos “profe eles não me deixam jogar no time...”

ü Mesmo que estejam na 8ª série, eles terão atitudes infantis, cometerão erros e irão testar você. Seja sincera e pronta para mudanças, mas exija respeito, pois VOCÊ é a professora!
ü Esteja pronta a resolver problemas! Onde encontram-se pessoas encontram-se problemas e Educação Física é a disciplina onde eles ficam mais evidentes e os alunos mais expostos e sensíveis a demonstrar seus sentimentos (bons ou ruins) durante as atividades. Tornam-se mais espontâneos para sorrir ou agredir, pois estão em um ambiente mais espaçoso, mais descontraído ou, dependendo o caso, mais “pesado”.
ü Seja você mesma! Comparações existem em todo lugar, mas acredito que na escola elas são mais constantes, não deixe se abater pelo que os outros dizem... Repito: seja você mesma!
ü  Tome decisões e sofra as conseqüências. Vá até o fim! Não deixe se levar pelo que os alunos desejam que você faça. No final irão se desculpar e agradecer por isso...
ü  Ah! Uma rotina de atividades te polpa de muito trabalho! Deixe claro o que irá realizar, de que forma e quais as “regras” estabelecidas.
E bom trabalho!

Jaqueline Alves Nieto
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Onde você guarda seu preconceito?


Tempos atrás foi lançada a campanha Onde Você Guarda Seu Racismo com o intuito de "estimular o diálogo, a troca de ideias, incentivar mudanças de pensamentos, hábitos e atitudes além de estimular o sentimento coletivo de compromisso com a igualdade. O caminho? Revelar o perfil do preconceito e da desigualdade racial no Brasil, demonstrando e discutindo as várias formas de guardar o racismo, provando que todas elas são nocivas, destrutivas e contagiosas."
Minha ideia com este texto não é falar de preconceito racial, até porque existem diversas formas de preconceito: social, sexual, religioso... Incluo aqui até o bullying, palavra bastante usada para descrever atos discriminatórios, agressões verbais ou físicas que geralmente ocorrem nos anos escolares, mas que existem em todos os ambientes sociais, sem distinção de classe e idade. Como meu trabalho é auxiliar as pessoas a encontrarem um equilíbrio entre as qualidades físicas, saúde e a melhor performance que puderem com seu corpo, vou me deter no preconceito de “beleza” e do “certo e errado” que cada um de nós temos “pré-concebido” em nosso dia-a-dia a respeito deste assunto.
O “pré-conceito” que temos de beleza é resultante dos contextos sociais, onde a simetria, a proporcionalidade e a razão imperam. A beleza visual puramente estética, externa, mais diretamente relacionada com o instinto físico-sexual trouxe diversos problemas tanto físicos quanto psicológicos, principalmente para as mulheres, que acabaram sendo as maiores vítimas dessa classificação de beleza. Se o racismo é uma forma de diferenciar e excluir pessoas pela cor da pele ou pela etnia, o estereótipo de beleza é uma forma de excluir a liberdade de ser quem somos.
Quem nunca foi discriminado por ser mais alto ou baixo do que o “normal”? Quem nunca comparou o tamanho das orelhas, do nariz, da boca... Quem nunca apontou um desconhecido como o “gordinho” de tal lugar... Será que alguém está satisfeito ou correto? O que você acha belo pode não ser necessariamente belo aos olhos alheios e o que você considera correto pode não o ser para outras pessoas (comer carne ou não é um exemplo disso).
Sinceramente, todos nós queremos melhorar algo no visual para ficarmos mais belos, mas por que não se satisfazer nunca? Por que a loucura desenfreada pela busca do corpo esbelto e deixarmos de lado nossos valores? Por que cair nas garras do consumismo e esquecer a beleza da alma? Por que nos culparmos por comer um chocolate, mas esquecermos do valor da compaixão? Por que passar a semana toda fazendo dietas, mas deixarmos o egoísmo nos corroer?  Se não estamos contentes conosco, como poderemos julgar aos outros?
Como os autores da campanha sugiro: não guardes seu preconceito, jogue-o fora! 
Campanha


Jaqueline Alves Nieto
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Quero envelhecer sorrindo...


Por que não queremos envelhecer? Por que a ciência, a estética e a cultura de todas as nações buscam constantemente novas fontes de rejuvenescimento? Qual o problema em envelhecer???
Possivelmente este medo que a maioria de nós apresenta é por nossa visão errada sobre o processo de envelhecimento. Não pensamos como Steve Jobs, o ícone da tecnologia, que o velho precisa dar lugar ao novo, que a beleza da vida é ter começo meio e fim e aproveitar com sabedoria cada uma dessas fases. Por mais plásticas que possamos fazer, mais produtos de beleza, por mais que fizermos externamente... Um dia nossas células não serão mais como eram, nosso DNA se modifica aos poucos no processo de duplicação das células e, quando nos damos conta, passamos a ter outros comportamentos, outra aparência, perdemos algumas funções...
O envelhecimento tem sido descrito como um processo, ou conjunto de processos, inerente a todos os seres vivos e que se expressa pela perda da capacidade de adaptação ao meio e aos estímulos estressantes e pela diminuição da funcionalidade (Spirduso, 1995).
Para Macedo (2006) a senescência resulta do somatório de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas do envelhecimento normal, enquanto a senilidade é caracterizada por afecções (ação maléfica sobre um órgão ou tecido) que freqüentemente acometem os indivíduos idosos.
A partir destes conceitos surge um novo paradigma de saúde, o de Capacidade Funcional. Envelhecimento saudável, dentro dessa nova ótica, passa a ser resultante da interação multidimensional entre saúde física, saúde mental, independência na vida diária, integração social, suporte familiar e independência econômica. (Fillenbaum, 1984; Kane & Kane, 1981).
Mas será que estamos nos preparando adequadamente para este momento? Estamos mesmo utilizando as ferramentas disponíveis para permanecermos jovens por mais tempo? Estamos prolongando nossa autonomia e independência? Aproveitando a vida da melhor forma? Aceitando nossas limitações?
Tendemos na juventude a utilizar nosso corpo para satisfazer nossos desejos imediatos. Queremos ganhar dinheiro, amigos, fama... Dormimos tarde, comemos mal, acabamos adquirindo alguns vícios. Pensamos que teremos sempre a mesma energia e facilidade em recuperar a “potência máxima” de nós mesmos. Mas... Quando nos damos conta já estamos com 40 anos! Aí descobrimos que estamos com pressão alta e o nível de glicose também, e que precisamos emagrecer com urgência para não correr risco cardíaco. Ainda não estamos na velhice, mas não somos mais os mesmos. E o que vamos fazer agora para evitar este quadro ou refrear as possíveis conseqüências desastrosas?
Aí é só escolher: vai querer acabar com sua saúde para conseguir grana e depois acabar com a grana para tentar recuperar a saúde? Vai ter momentos de lazer em seus melhores anos de vida ou vai esperar a aposentadoria para tentar usufruir destes momentos? Vai fazer exames preventivos regulares ou vai esperar ser tarde demais, e ter que se medicar até a morte? Vai preservar sua capacidade cognitiva, física e emocional ou vai querer depender de alguém o resto da vida?
Tudo vai depender de suas escolhas diárias. Espero que tenhas consciência das conseqüências de cada uma delas. E desejo do fundo do meu coração: viva! Viva cada segundo da melhor maneira que conseguires, com a saúde que possuíres, com os amigos que cativares, com sede de conhecimento, com amor próprio, com paixão e com gratidão ao Rei da criação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
FILLENBAUM, G. G., 1984. The Well-Being Of The Elderly: Approaches To Multidimensional Assessment. Geneva: World Health Organization.
KANE, R. A. & KANE, R. L., 1981. Assessing The Elderly:A Practical Guide To Measurement. Lexington: Lexington Books.
MACEDO, M. P. Envelhecimento e parâmetros hematológicos. In: FREITAS, E. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 1040-1048.
RAMOS, L. R. Fatores determinantes do envelhecimento saudável em idosos residentes em centro urbano: Projeto Epidoso, São Paulo. In: Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(3):793-798, mai-jun, 2003.
SPIRDUSO, W.W. (1995): Physical Dimensions of Aging. Human Kinetics, Champaign, Illinois.



Jaqueline Alves Nieto

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Cuidado: bomba! Como anda seu s2?


Como ontem foi dia do coração, recebi uma sugestão para que escrevesse sobre este nosso companheiro de todas as horas, nossa bomba incansável de vida...Segundo a Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares, infarto e AVC representam 4 em cada 5 mortes nos países em desenvolvimento. Atinge 300 mil brasileiros por ano!
Alguns cientistas acreditam que este nosso velho amigo trás consigo um número “x” de batidas e quando ele alcança este número, ele pára (se você não “pifar” por outros motivos, claro). Será? Bom, isso eu não sei, mas cuidar desta máquina de fazer pulsar é sempre importante, sem dúvidas! Avalie aí se você está com as mãos na bomba ou com a bomba nas mãos:

Amigos do peito:
Gorduras Insaturadas: (ômega 3, 6...) auxiliam no controle de triglicerídeos, principalmente o colesterol.
Frutas, verduras, legumes e outros alimentos saudáveis: fornecem nutrientes essenciais.
Água: participa ativamente das reações químicas do metabolismo, favorece a filtragem sanguínea, a eliminação de impurezas e diminui a viscosidade do sangue.
Exercícios físicos: melhoram o retorno venoso (a circulação), aumentam a eficiência cardíaca (com o tempo o coração trabalha menos para suprir a mesma necessidade), melhoram a auto-estima, entre outros.
Inimigos mortais:
Alimentos gordurosos, frituras, carnes gordas: favorecem inflamações, acúmulo de gorduras e formação de coágulos.
Alimentos industrializados: principalmente os embutidos, ricos em sódio e gorduras, que elevam a pressão arterial.
Refrigerantes com cola e café: a cafeína eleva a pressão arterial e os açúcares trazem outros problemas entre eles, a obesidade.
Sedentarismo, estresse, tabagismo: favorece a obesidade, problemas circulatórios, hipertensão, formação de placas de gordura, depressão, entre outros.



Jaqueline Alves Nieto
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Sem resultado nos treinos?



Como tenho dito por aqui, vivemos no mundo da pressa, queremos retorno imediato para tudo. Muitas pessoas me procuram na academia dizendo que treinam todos os dias, mas não vêem resultados. Acredito que dois pontos devem ser observados:
1-  Os Princípios do Treinamento Físico estão sendo seguidos?
·     Princípio da individualidade biológica: não queira pegar o treino de um amigo (a) e sair fazendo igual. Você é único e suas células responderão de forma igualmente única.
·  Princípio da especificidade: se desejas “turbinar” o bumbum, porque queres fazer natação? Parece óbvio dizer que seu treinamento deve ser conforme seus objetivos, mas ainda tem aqueles que acreditam que fazer abdominais irá queimar as gordurinhas localizadas... (Se você ainda pensa desta maneira, por favor, procure um profissional que possa lhe orientar na escolha de uma atividade física que combina com você e irá lhe trazer os resultados desejados). 
·    Princípio da adaptação: seja qual for seu tipo de treino, seu corpo irá se adaptar a ele. Funciona mais ou menos assim: após um estímulo adequado (treino) seu corpo irá trabalhar para que aquele estímulo não o “perturbe” novamente. Irá se fortalecer para que da próxima vez que o mesmo estímulo ocorra ele esteja preparado. Com o tempo você terá que reajustar o treino, aí entra o próximo princípio. 
·  Princípio da sobrecarga: volume e intensidade dos estímulos devem ser progressivos e inversamente proporcionais: quando volume do treino está elevado, a intensidade deve estar baixa e vice-versa. O interessante é que a carga total de seu treino (querendo ou não) deve aumentar para que você sinta e tenha melhores resultados. Tudo isso, é claro, dentro de uma periodização inteligente do treino. 
·   Princípio da continuidade: digamos que o médico recomendou que você comece a caminhar porque está com sobrepeso. Você vai, caminha um dia e passa o restante da semana sem nem pensar em exercício. Será que esta caminhada trouxe algum benefício para sua saúde? Ajudou na redução de peso? Algumas calorias foram gastas durante o exercício, mas sem a continuidade do exercício, os benefícios não serão reais para a saúde e não haverá redução de peso. Assim acontece com qualquer tipo atividade física e objetivo. Precisamos ser perseverantes para ver os resultados! 
·     Princípio da reversibilidade: você corre atrás de um condicionamento físico legal. Então passa o verão e você resolve desistir da academia. O que acontece? Volta a ser tudo como antes, e às vezes ficamos piores que antes! Então, o importante é sempre seguir estes princípios para estar certo de um bom condicionamento físico e de seus benefícios para a saúde.

2-   Alimentação e descanso estão sendo adequados e suficientes?
  ·   De nada adianta passar o dia treinando se não suprir seu corpo com os nutrientes que ele precisa para construir estruturalmente aquelas células que foram trabalhadas durante o treino. E não estou falando de suplementação não. Falo de comida mesmo! Alimentos nutritivos como frutas, legumes, verduras, leite, carne, ovos... Fontes de carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais... 
  ·     Dormir bem e o tempo suficiente é um ótimo aliado à saúde e à beleza. É durante o descanso que nosso corpo coloca em prática o que expliquei no princípio da adaptação e faz a restauração de células danificadas durante o dia. Também ocorre a síntese de hormônios fundamentais para que tudo ocorra bem durante o dia que virá.
   Bom, depois de feito tudo isso, espero que venham me contar os resultados...


Jaqueline Alves Nieto
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Sobre o Tempo


O que dizer sobre o tempo em nossos dias?
Ele pode significar dinheiro para uns, como diz o ditado: “tempo é dinheiro”.
Aperfeiçoamento para outros: “Ah, com o tempo você pega o jeito”.
Descrédito ou incerteza para tantos outros... “Você tem x dias de vida” ou: “Estamos em crise”.
A maioria de nós diz não ter tempo para fazer algo especial que gostaria de fazer, geralmente porque colocamos nosso trabalho em primeiro plano, outras pessoas em segundo e nós em último lugar em nossa ordem de prioridades.
Refletindo melhor sobre isso, fiz uma comparação com os estímulos com que nossos avôs, pais e as pessoas das gerações passadas eram submetidos. Grande parte deles eram trabalhadores rurais ou trabalhavam em outras funções sem muita tecnologia. Os dias, meses e anos pareciam demorar passar. As informações eram repassadas de boca em boca, pelo rádio, ou para alguns, pela TV. E, por falar nela... Estes dias estava assistindo a um filme antigo e perdi a paciência! A lentidão com que as cenas se passavam me deixou irritada, não consegui permanecer no mesmo canal (o controle remoto também é um vilão, não acha?). Hoje vemos crianças, adolescentes, adultos e até pessoas de mais idade facilmente irritadas, sem paciência e constantemente “ocupadas” preenchendo seu tempo com tarefas, informações e até alguns tipos de divertimento que, ao final, não lhes trazem benefícios ou prazeres duradouros.
Gostamos de estar rodeados de pessoas, agenda com todos os horários preenchidos. Não priorizamos nosso tempo e felicidade, tememos nos interiorizarmos. E pelo fascínio de querer sempre mais, de fazer sempre mais rapidamente, de buscarmos novas tecnologias para não perdermos mais tempo... Adoecemos!
Se para sermos concebidos precisamos nove meses de formação, crescimento, desenvolvimento e maturação, porque esta fobia masoquista de continuarmos nesta corrida contra o relógio? Será que vale mesmo a pena vivermos irritados e impacientes? Se não frearmos e direcionarmos nossas ações, a tendência é aumentarmos nosso grau de intolerância, e, mais cedo ou mais tarde, nosso corpo irá pedir uma folga. Precisamos investir em qualidade e não mais em quantidade. Mais qualidade em saúde. Mais qualidade nos relacionamentos. Mais qualidade no trabalho. Mais qualidade de tempo.
E para você, o que significa o tempo?

Jaqueline Alves Nieto
CREF: 090794-G/SP
Enquanto estava escrevendo este texto encontrei uma reportagem com algumas pesquisas que explicam cientificamente nossas percepções e reações ao tempo. Leia: Revista Superinteressante


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Vida, complexa vida!


Gosto muito de ler os livros do médico psiquiatra Augusto Cury. Esta semana, lendo uma de suas obras, eu me peguei pensando na vida, não uma ou duas vezes, muito mais que isso...
Lembrei-me dos dias difíceis de faculdade, da administração precisa dos recursos financeiros, do tempo, da aprendizagem. Da solidão que senti pelas minhas dificuldades em encarar os desafios sociais a que era exposta diariamente. Do sentimento de incapacidade ante os estágios, projetos, apresentações de trabalho. Lembrei-me das diversas vezes que pensei que não daria mais para prosseguir...
Perguntei-me porque às vezes faço coisas que não desejo fazer, e entendi que muitas dessas coisas me aperfeiçoaram em detalhes da vida que nem percebi e que foram estas pequenas coisas que construíram o todo que me caracteriza hoje. Mas, porque isso? O que nos faz prosseguir?
Penso que uma das ferramentas mais preciosas para o sucesso na vida é a gratidão. Ela nos faz livres da pressão imposta pelo consumismo. A gratidão nos faz felizes com o que temos, mas não conformados com o que temos. Livra-nos de gastar energia com desentendimentos, mágoas e frustrações desnecessárias, para investirmos nos nossos projetos.
Acredito nos sonhos. Acredito que a vida lhe dá oportunidades, mas é você quem abraça ou rejeita-as. Vejo os desafios como parte do caminho, eles dão sentido e preenchem as lacunas entre o “real” e o “ideal”.
Também acredito que se há uma pessoa que pode te auxiliar nos dias de aflição, esta pessoa é você. Aquele que nos dias de ansiedade deve dominar seus pensamentos. Que nos dias de sucesso deve saber equilibrá-lo para não se magoar quando eles se afastarem. É você quem deve saber que pode estar rodeado de pessoas, mas sentir-se só, por ter-se abandonado.
Estas três coisas que mencionei só dependem de você. Seja grato! Sonhe alto e corra atrás de seus sonhos. E acima de tudo, jamais se abandone. Sua vida só será realmente plena se VOCÊ for seu melhor amigo. Aquele... de todas as horas!


Jaqueline Alves Nieto
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Você entende seu metabolismo?


Como seres complexos nós humanos somos “microorganicamente organizados” de maneira que cada ação (e função) de nossos tecidos, órgãos e células visem à reprodução, adaptação ao meio e preservação da vida. E isso é incrível e intrigante ao mesmo tempo! Audição, visão, paladar, tato, olfato, propriocepção; ossos, músculos, pele, sistemas... Tudo funcionando ao mesmo tempo, em harmonia e, quase 100% das vezes, com perfeição.
Falar de metabolismo parece pouco relacionado aos nossos sistemas, órgãos e sentidos corporais. Geralmente relacionamos metabolismo ao acúmulo de gorduras ou emagrecimento. Talvez porque a alimentação esteja intimamente ligada à preservação da vida, e porque síntese e degradação de nutrientes e transformação de substâncias químicas seja a função do metabolismo (que por sinal vem do grego metabolismos e significa mudança, troca). Mas simplificamos sua função em gasto/acúmulo de gorduras. Ledo engano!
Proteínas, lipídeos, carboidratos, vitaminas, minerais e água participam das reações que dão sustentação às transformações que ocorrem a todo instante em nossas células. Estas reações podem ser anabólicas (reações de síntese) ou catabólicas (reações de degradação) gerando novas moléculas estruturais ou produção de energia. Catabolismo e anabolismo são controlados de modo a manter um conjunto de condições mais ou menos constante em nossas células, um equilíbrio dinâmico, chamado homeostase. Esta regulação metabólica nos permite dar respostas adequadas a estímulos do exterior e interagir com o ambiente que nos cerca.
Tudo tão organizado e microscópico que reparamos apenas nos quilinhos a mais na balança... Nosso instinto de sobrevivência não nos ensinou a interagir com o meio de forma racional, apenas utiliza seus mecanismos de resposta diante dos estímulos que lhes apresentamos. Se a ingesta de calorias for maior que o suficiente, ele simplesmente vai acumulá-las para uma possível utilização posterior. É o trabalho dele! Está produzindo uma resposta ao estímulo... E todos os outros órgãos, sistemas e tecidos estão direta ou indiretamente relacionados a esta resposta. Por este motivo é bom compreendermos pelo menos um pouco sobre o metabolismo e suas consequências para nosso corpo.


Jaqueline Alves Nieto
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Homenagem a todos os Profissionais de Educação Física


A vida nos ensina sempre. Ser uma Profissional de Educação Física para mim não foi algo planejado, sonhado. Existem caminhos que trilhamos sem saber onde vão dar. Existem trajetórias que nos fazem dar grandes voltas sem que apareça um "oásis", uma solução. Mas são estes mesmos caminhos que nos apontam outros caminhos, que nos mostram nosso valor como pessoa, que nos inspiram, nos direcionam e dão sentido ao que fazemos. 
Foi assim que me apaixonei pela Educação Física! Nos caminhos que trilhei me apaixonei! Pela aproximação pessoal que ela proporciona, pelo conhecimento sobre o corpo humano, seus sistemas e funcionamento, pela dinâmica de propor e fazer uma atividade recreativa, um jogo... e ver a reação das pessoas e interagir com elas...
Hoje olho para trás e vejo o quanto esta profissão me tem feito melhor a cada dia. Aprendi a "olhar com outro olhar" o desenvolvimento de uma criança, as facilidades e dificuldades de aprendermos um novo movimento, o processo 'meio que sem controle' do envelhecimento (apesar de entender também a necessidade de realizarmos algo para torná-lo menos agressivo à nossa saúde), enfim, a interação da vida e seu desenrolar...
É por isso que quero homenagear a todos os Profissionais de Educação Física neste dia! Um dia que podemos rever nossas escolhas e dizer "valeu a pena". Todo esforço, todo tempo gasto, a 'maratona' para podermos ser quem somos hoje e, quem sabe, sermos reconhecidos...
Parabéns!


Jaqueline Alves Nieto
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Obesidade ou Saúde Mental?

Não sou nenhuma psicóloga nem conselheira pessoal, mas como saúde mental está super relacionada à saúde corporal, decidi escrever algo sobre o assunto (já falei um pouco sobre isso no post qualidade de vida).
Outro dia recebi um email sobre um pesquisador de Harvard que afirmava com veemência que a sociedade está “mentalmente obesa”. Saturada de informações irrelevantes, cheia de debates sem conteúdo, fofocas, novelas e fast food mentais que servem apenas para deturpar o caráter, a moral e o juízo das pessoas.
O professor Andrew Oitke em seu livro “Mental Obesity” revolucionou a educação, jornalismo e relações sociais em geral, pois questiona o “alimento intelectual” (desenhos, videogames, revistinhas) que as crianças estão recebendo; Aponta que o jornalismo em geral só mostra a parte morta e apodrecida dos acontecimentos e que se tornam cada vez mais aptos na arte de seduzir, agredir e manipular; Afirma que todos têm opiniões sobre tudo, mas não conhecem nada, que o conhecimento das pessoas aumentou, mas com banalidades; Que o homem está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos, e conclui: “Não admira que no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil... paradoxal ou doentia”.
Não sou contra a tecnologia, mas a TV, internet, videogames, filmes e revistas tomam todo o tempo livre das pessoas e não sobra tempo para desenvolvermos amigos de carne e osso. Parece que o aprendizado se tornou superficial e a leitura desnecessária...
Realmente acho incrível como os relacionamentos são cada vez mais superficiais. Não se vê mais aquelas conversas demoradas de fim de tarde. A cumplicidade de um “cumpadre” pra poder relaxar enquanto ele nos ajuda a resolver algum problema.  A fidelidade de um amigo que empresta e pega emprestado sem se preocupar com prejuízos, pois a amizade vale mais que qualquer coisa...
E você, tem cuidado de sua saúde mental ou prefere os fast foods que encontramos em nossa sociedade? Lembre-se: assim como nosso corpo sente-se atraído por alimentos ricos em gorduras e açúcares, mas você deve decidir o que é mais saudável para ele; nossa mente se acostuma com a adiposidade mental e acaba ficando incapaz de mudar os hábitos desenvolvidos no decorrer dos anos.
Será que temos investido bem em nossa saúde mental?
Desejo que todos fiquem sempre “mentalmente em forma”!


Jaqueline Alves Nieto
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Você já ouviu falar em Síndrome X? E quarteto mortal? Parece coisa de cinema, mas não tem nada de cinematográfico nisso...
Também conhecida por Síndrome Metabólica ou plurimetabólica, é caracterizada pelo grupamento de doenças de alto risco cardiovascular como hipertensão, resistência à insulina, hiperinsulinemia, intolerância à glicose (diabetes tipo 2), obesidade central e dislipidemia (triglicérides alto, LDL-colesterol alto e HDL-colesterol baixo).
Brincadeira, ou quer mais? Muitos estudos têm demonstrado relação direta entre inatividade física e a presença de múltiplos fatores de risco como os encontrados na síndrome metabólica. O sedentarismo, o tipo de alimentação rica em gorduras, as facilidades da tecnologia, a falta de tempo, tudo “ajuda” para que nosso condicionamento físico vá ficando cada vez pior. Uma coisa puxa a outra. Assim como se você começar a fazer horas-extras seguidamente seu corpo não reagirá da mesma maneira e sua mente tende a piorar, um fator de risco tende a se associar com o outro. Por exemplo, uma pessoa com sobrepeso tem maior possibilidade de apresentar resistência à insulina e hipertensão; os diabéticos geralmente têm seus níveis de triglicérides alterados, e por aí vai.
A boa notícia é que esta síndrome pode ser evitada e controlada. Assim como os fatores de risco estão associados, a prática regular de exercício físico traz benefícios interligados, pois a pressão arterial, a resistência à insulina, o diabetes, a dislipidemia e a obesidade tem seus índices diminuídos com a melhora do condicionamento físico.
Portanto a recomendação é: use a cabeça para cuidar do seu corpo antes que ele queira cuidar de si mesmo. Quando seu metabolismo se tornar “teimoso” seus esforços podem se tornar insuficientes. 

Quem quiser saber mais:

Síndrome metabólica e risco cardiovascular. I. V. Figueiredo. Coimbra, 2010.

Síndrome metabólica: revisão. Pediatria (São Paulo) 2006; 28(4):272-7.
Exercício Físico e síndrome metabólica. Rev Bras Med Esporte. Vol. 10, nº4- Jul/Ago, 2004. 


Jaqueline Alves Nieto
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Doença crônica? Deus me livre! (cont.)

No último post escrevi sobre uma das doenças que está se tornando comum ao brasileiro: a hipertensão. Hoje escrevo sobre o diabetes, doença que preocupa muitas pessoas que dizem “nunca mais vou poder comer doces”. Entenda a relação desta doença com o metabolismo corporal e saiba as conseqüências que pode trazer ao seu corpo se não controlada.

DIABETES
Diabetes Mellitus (mellitus significa mel) compreende um grupo heterogêneo de causas e manifestações clínicas, tendo como denominador comum o aumento de glicose no sangue, decorrente na maioria das vezes da produção diminuída ou alterada de insulina pelo pâncreas, ocasionando modificações no metabolismo de proteínas, de gorduras, de sais minerais e principalmente glicose.
Existem basicamente duas formas da doença: diabetes insulino-dependente, ou tipo 1, e o diabetes não insulino-dependente, ou tipo 2. O diabetes tipo 1 é caracterizado por produção de insulina muito abaixo do normal ou totalmente ausente, devido a uma destruição imunológica das células B das ilhotas de Langerhans, no pâncreas. Ocorre principalmente em crianças e jovens, embora possa desenvolver-se em qualquer idade.
O diabetes tipo 2 aparece principalmente em adultos, sua prevalência tende a aumentar com o avançar da idade e se agrava com o aumento de peso e gordura corporal (cerca de 80% dos indivíduos com diabetes tipo 2 são obesos ou estão acima do peso). Acredita-se que no diabetes tipo 2, uma desordem metabólica primária resulte na incapacidade dos tecidos em responder à insulina de maneira satisfatória, caracterizando a chamada resistência periférica à insulina, elevando a secreção e como conseqüência, a quantidade de insulina circulante. Com a evolução da doença, as células B entram em exaustão e diminuem sua capacidade de secretar insulina.
Há situações que, por atuarem de alguma forma na produção ou na ação da insulina, favorecem, naqueles já predispostos, o aparecimento do diabetes tipo 2: obesidade; infecções; gravidez; cirurgias; traumas emocionais; stress; envelhecimento; uso de medicamentos diabetogênicos em doses altas e por tempo prolongado: cortisona e derivados, alguns diuréticos, alguns beta-bloquedores, estrógenos.
Sintomas:
Os principais sintomas do diabetes são: excesso de glicose na urina (glicosúria); excesso de formação de urina (poliúria); sede excessiva (polidpisia); fome excessiva (polifagia); fadiga; cansaço geral; perda de massa corporal e infecções recorrentes. A hiperglicemia persistente pode causar sonolência, cãibras, visão turva, entre outras alterações.
Conseqüências do diabetes não controlado:
Por falta da insulina ou resistência a ela, a glicose no sangue aumenta, mas diminui dentro das células. Com a falta de glicose na célula o fornecimento de energia deve continuar e o corpo inicia o consumo de proteínas e gorduras para suprir esta necessidade. O consumo de proteínas ocasiona fraqueza muscular. A contínua e progressiva degradação de gorduras provoca o aparecimento do quadro clínico denominado “cetoacidose diabética”, principalmente em crianças e jovens, se este quadro não for controlado pode levar ao coma.
O excesso de glicose sanguínea pode também provocar catarata, cegueira, infarto, AVC, gangrena causada pela diminuição da circulação sanguínea no pé e na perna, impotência sexual, doenças pulmonares e circulatórias, insuficiência renal, hipertensão arterial e infecções recorrentes.
Quais os tratamentos:
O tratamento do diabético baseia-se na aplicação adequada dos chamados quatro pilares fundamentais para seu tratamento e controle: educação, administração exógena de hipoglicemiantes orais ou insulina, dieta e exercícios físicos.
Exercícios físicos x diabetes:
A grande variedade das respostas individuais ao exercício físico elimina a possibilidade de se adotar uma conduta única no desenvolvimento de um programa de condicionamento físico para diabéticos, necessitando dessa forma, avaliar os comportamentos metabólico, respiratório, e cardiovascular do indivíduo, e a partir daí, fazer uma prescrição individualizada da atividade física.
Além dos fatores do próprio exercício e do nível de condição física do indivíduo, o comportamento metabólico ao exercício em diabéticos do tipo 1 depende também do estado de controle do diabetes, da dose, do tipo e do local de aplicação da insulina e da ingestão de carboidratos no período que antecede o exercício. Observa-se que o treinamento físico no indivíduo diabético insulino-dependente, clinicamente controlado e sem complicações associadas à doença, promove adaptações metabólicas e cardiovasculares semelhantes àquelas verificadas no indivíduo normal e que o grande benefício do exercício físico crônico está no seu efeito sobre o metabolismo da glicose.
Os diabéticos do tipo 1 não deverão realizar exercícios físicos com glicemias superiores a 250mg% e na presença de cetonúria; evitar exercícios durante o período máximo de ação da insulina e durante a noite, pois há o risco de hipoglicemia; evitar atividades esporádicas e competitivas, pois o acerto da dose de insulina e dos alimentos torna-se mais difícil e a ocorrência de hipoglicemia imprevisível.
As recomendações de exercícios para o diabéticos do tipo 2 são atividades aeróbias e treinamento de resistência com grande volume e baixa intensidade (10 a 15 repetições, com 40 a 50% da repetição máxima). Freqüência de cinco a sete vezes por semana totalizando pelo menos 30 minutos de atividade moderada, com relação aeróbio/força em torno de 3:1.
Durante muitos anos encontrou-se uma forte associação entre diabetes tipo 2 e estilo de vida sedentário, porém somente na última década as pesquisas mostraram os reais benefícios de um programa regular de exercícios. Fisiologicamente, o treinamento físico proporciona adaptações metabólicas, neuroendócrinas e cardiovasculares que contribuem de maneira significativa para o bem-estar. Exercícios aeróbicos aumentam o número e a proporção do GLUT4 (um mediador do transporte da glicose), o que aumenta o transporte da glicose e melhora a tolerância ao açúcar, a ação periférica da insulina e reduz a resistência ao hormônio, contribuindo assim para o controle e a prevenção do diabetes. O músculo treinado pode aumentar a captação de glicose de 7 a 20 vezes!
É bom lembrar que o planejamento e o acompanhamento da atividade física do diabético – e do equilíbrio do esforço, dieta e dose de hipoglicemiantes ou insulina – devem ser realizados pelo médico, junto com profissionais de educação física, nutricionistas, entre outros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
COSTA, A. A.; NETO, J. S. A. Manual de diabetes: alimentação, medicamentos, exercícios. 2ed. São Paulo: Sarvier, 1994.
TIRAPEGUI, J. Nutrição, metabolismo e suplementação na atividade física. São Paulo: Editora Atheneu, 2005.



Jaqueline Alves Nieto
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Doença crônica? Deus me livre!

Quando ouvimos falar que uma doença é crônica chega a dar medo, não é? Já ficamos pensando que não tem remédio, não há cirurgia, não há nada que possa ser feito... Mas parece que para algumas doenças, as pessoas não dão a devida importância com relação aos cuidados que exigem, pois, caso não sejam controladas, podem trazer graves conseqüências. Estou falando de duas das doenças crônicas que vem cada vez mais acometendo os brasileiros: hipertensão e diabetes.
Por que crônica? Simplesmente porque teremos que aprender a conviver com a doença; porque ela não tem cura, apenas podemos controlá-la. Neste post quero deixar algumas informações sobre hipertensão para quem quer conhecer mais sobre esta doença, tomar os cuidados necessários e informar outras pessoas.
HIPERTENSÃO:
É considerado hipertenso o indivíduo que apresenta pressão arterial persistentemente elevada, que corresponde à pressão arterial máxima ou sistólica (PAS) igual ou superior a 140mmHg e pressão arterial mínima ou diastólica (PAD) igual ou superior a 90mmHg. Alguns cuidados precisam ser tomados ao fazer a medida da pressão arterial, por isso somente um profissional poderá dar o diagnóstico.
A hipertensão pode ser classificada em primária (ocorre em 90 a 95% dos casos), de causa desconhecida, e secundária, decorrente de outra doença. Os fatores de risco associados com a hipertensão primária geralmente são: hereditariedade e raça (negros são mais predispostos à doença), diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo, usuárias de anticoncepcionais, alimentação com excesso de sal e gordura, stress, alcoolismo. As doenças geralmente associadas à hipertensão secundária são: doenças renais, doenças nas glândulas tireóide e adrenal, uso de anticoncepcionais orais.
Sintomas:
A maioria das pessoas que têm hipertensão não apresenta sintomas; mas podem ocorrer tonturas, batimentos descompassados do coração (palpitações), sangramento nasal, sensação de peso na cabeça e dores na nuca, zumbido no ouvido e desânimo. Outros sintomas como dor no peito, falta de ar, inchaço, alterações visuais, perda de memória e de equilíbrio, palidez, problemas urinários e dores nas pernas demonstram que os órgãos alvo da doença podem estar comprometidos e deve-se procurar um médico imediatamente.


Conseqüências da hipertensão não controlada:
Ao esforçar-se para bombear o sangue, o coração do hipertenso fica vulnerável à insuficiência cardíaca. Há um desgaste nos vasos que favorece o derrame cerebral e acúmulo de placas de gorduras, predispondo o infarto. Há também o comprometimento do funcionamento dos rins.
Quais os tratamentos:
Podem ser utilizados tratamentos com medicamentos e sem medicamentos. O tratamento não medicamentoso inclui uma dieta equilibrada, com reduzido teor de sódio, gordura e açúcar, alta ingestão de água, frutas, verduras e legumes frescos; adotar um estilo de vida saudável, controlando o stress, restringindo o uso de álcool, cigarro e outras drogas e, claro, adotar ao estilo de vida a prática regular de exercícios físicos. As medicações anti-hipertensivas não impedem a participação no exercício físico, mas devem ser feitos com orientação de um profissional qualificado.
Exercícios físicos x hipertensão:
Estudos mostraram que as taxas de morbidez e de mortalidade estão relacionadas inversamente ao estado de aptidão física nos indivíduos hipertensos. Os indivíduos hipertensos, porém aptos evidenciavam uma taxa de mortalidade 60% mais baixa que seus pares normotensos, porém inaptos, e que a maior mortalidade associada à hipertensão era superada completamente pela aptidão.
Ainda são obscuros os mecanismos pelos quais o treinamento com exercícios reduz a pressão arterial em indivíduos hipertensos. É provável que esse efeito não seja mediado por um único mecanismo e, para os diferentes tipos de hipertensão ou nas populações hipertensas heterogêneas, são possíveis mecanismos diferentes. Entretanto, o efeito hipotensor do exercício independe das reduções no peso e na gordura corporal. Pacientes hipertensos devem iniciar programas de exercícios físicos regulares, desde que tenham sido submetidos à avaliação clínica prévia. Além de diminuir a pressão arterial, o exercício físico pode reduzir consideravelmente o risco de doença arterial coronária, acidentes vasculares cerebrais e mortalidade geral.
Recomenda-se freqüência de três a seis vezes por semana, intensidades moderada e sessões de 30 a 60 minutos de duração. Para controle da intensidade do exercício podem ser utilizados tanto a freqüência cardíaca como o consumo de oxigênio (60 a 80% da freqüência cardíaca máxima ou 50 a 70% do consumo máximo de oxigênio). A escala de percepção de esforço (nível leve ou moderado) também poderá ser utilizada. A freqüência cardíaca máxima deverá ser obtida por meio de um teste ergométrico máximo ou ergoespirométrico. Na impossibilidade da realização desses testes recomenda-se a fórmula FCMax = 220 - idade.
É importante que os exercícios de resistência muscular localizada sejam realizados com sobrecarga que não ultrapasse 50% da contração voluntária máxima. Esses programas têm se mostrado efetivos na redução dos níveis de pressão arterial. São recomendações que devem ser consideradas, inclusive para pacientes sob tratamento com anti-hipertensivos. Em pacientes em uso de betabloqueador, é fundamental o teste ergométrico ou ergoespirométrico na vigência do medicamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Anais da IV diretrizes brasileiras de hipertensão arterial. 2002.
BORENSTEIN, M. S. org. Manual de hipertensão. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzato, 1999.
McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 4 ed.  Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.


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