Esta semana lá na academia uma senhora chegou para
a aula carregando um vidro de conservas. Perguntei na maior inocência o que
seria aquilo. A senhora, muito simpática, respondeu que trazia sua água no
vidro porque gostava de água em temperatura ambiente; não era porque não confiava
no filtro de outros lugares ou coisas do gênero, mas simplesmente, porque
gostava da água em vidro grande e com temperatura amena.
Fiquei impressionada com a autenticidade daquela
senhora. Não se importava com a opinião dos outros. Não ligava em ter que dar
explicações de suas atitudes. Não se escondia, pelo contrário, vivia
abertamente e feliz.
Ela me deu um choque de lucidez com sua
simplicidade. Parei e pensei: “acredito que os anos ensinaram a ela que não vale
a pena viver escondendo sua própria identidade”. Realmente, não vale a pena
viver como “Maria vai com as outras”, fazer as coisas como todo mundo faz. Esconder-se
atrás da máscara da popularidade, viver feliz em grupo e infeliz consigo mesmo.
A maior realização de um ser humano é aceitar-se
como é, com suas qualidades e defeitos. Não que tenha que repetir
sempre os mesmos erros ou atitudes impensadas, mas renovar-se, mantendo sua essência.
Por isso, conhecer-se é mais importante
que explorar o mundo inteiro. Viajar para dentro de si, mais alucinante que
drogar-se. Ter planos para o futuro, mas nunca excluir-se deles. Aventurar-se
para extrapolar seus limites e tronar-se mais forte. E nunca deixar de ser autêntico!
Jaqueline Alves Nieto
CREF 090794-G/SP
2 comentários:
Gosto muito de suas postagens, e adoro seu blog. Parabéns e um abraço
Obrigada! Sinta-se sempre em casa!
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